Olá pessoal!
Decidimos passar os últimos dias de 2012 em qualquer lugar que não fosse a nossa casa!
Após 1 semana pensando no que fazer, o que conhecer, no dia 27 (1 dia antes da viagem que começaria após o final do meu expediente) ainda estávamos em dúvida se iríamos pra Gramado/Canela e Parque Aparados da Serra ou conhecer a Serra do Rio do Rastro e Serra do Corvo Branco..
Enfim, na sexta-feira, o Alan arranjou mais um baú e completamos o trio pra levar nossas tralhas e tocarmos em frente!
Por volta das 18:30 h seguimos em direção a Guarapuava, nossa primeira parada (pois viajar à noite e SEM farol de milha é tenso!).
De Campo Mourão a Luiziana e Iretama a Pitanga pegamos muita chuva forte, raios e trovões sem contar a estrada que está muito mal sinalizada neste último trecho, piorando ainda mais a nossa situação.
Ainda bem que levamos o forro de inverno das jaquetas, pois a chuva dá frio..
No sábado, rumo ao centro de SC, descemos com trechos de chuva e sol, mas tranquilo perto do dia anterior. A estrada é sinuosa, mas muito bela, como nesta imagem próximo à usina de Foz do Areia.
Também passou o meu trauma do caminho de Bituruna, que há 3 anos estava "impilotável"! Abastecemos em Bituruna, colhemos algumas informações com o frentista, que nos alertou do caminho de terra que todos os GPS (e o Google Maps) indicam erroneamente (PR 446 Bituruna-União da Vitória) e seguimos viagem.
Uns 10 km antes de chegar em General Carneiro, a Mostarda deu um susto! Um barulhão como se algo estivesse batendo na parede do motor, chacoalhando lá dentro! Paramos a moto, o barulho diminuiu e por fora não tinha nada, engatamos a primeira e o barulhão de novo! Parecia até que tava meio falhando a aceleração..
Uns 5 minutos depois o barulho parece que parou..
Fomos bem devagarzinho até uma Bicicletaria (o que tava aberto.....). Ele desconfiou da vela ou do motor (óbvio!), mas como não tinha os apetrechos necessários falou pra gente tocar pra União da Vitória (40 km).. Morrendo de medo de ferrar de vez com a viagem, fomos na fé e coragem, bem devagarzinho, pois se passasse de 90 km/h, vinha o barulhão de novo.
Chegando lá, 12:30 h a maioria das lojas e oficinas estava fechada (CC da Honda inclusive). Encontramos a Rafa Motos, uma oficina com um baita estoque de peças e um mecânico que apesar de novo sabia o que estava falando.. contamos o ocorrido.. Ao tirar o cachimbo, de cara viu que a vela estava soltinha. Ao tirá-la, após um pouco de sufoco (o alemão que desenhou o motor da BMW esqueceu de projetar o espaço da vela num lugarzinho mais acessível), teve a surpresa: cadê o eletrodo de massa? QUEBRADO! :O
Provavelmente essa pecinha de pouco mais de 1 cm entrou dentro do motor e ficou batendo lá dentro até ser expelida (ufa!!) pela saída de ar do escapamento.
Detalhe: a vela foi trocada na revisão dos 40.000 km na Officer, estava com apenas 4.000 rodados.
Pra ter certeza de que não teríamos grandes problemas pela frente (abortamos a missão Serra, mas tínhamos chão pra voltar pra casa...), o Rafael deu uma volta na Mostarda, puxou bem a 5ª marcha e nem sinal do barulhinho!
Depois do susto, troca da vela feita com sucesso graças à competência e presteza do pessoal da Rafa Motos. Valeu!
Inclusive, eles deixaram o nº de telefone pois, se houvesse qualquer problema num raio de +- 50 km, era só ligar! Fica a dica pra quem precisar de socorro nessa região..
Depois de almoçarmos AQUELA feijoada num restaurante próximo, partimos, bem cautelosos, em direção a Joinville. Feijoada e passeio a noventinha com a Mostarda? Aí bateu o sono :D
Chegando a Joinville, mais chuva, fininha mas molhou muito! Passamos a noite e o dia seguinte na cidade, visitando parentes, e às 17 h partimos para Paranaguá, pois ao menos 1 serra tínhamos que registrar nessa viagem (a chuva não deixou eu tirar nenhuma foto na linda e nublada Serra Dona Francisca). Passamos por Guaratuba, a Mostarda gostou do passeio!
Atravessamos de Ferry Boat para Caiobá, pegamos MUITO congestionamento nas praias... chegamos umas 9 da noite em Paranaguá. Segunda de manhã, hora de fazer a trouxa novamente e partir, não sem antes dar uma passadinha no quarto maior porto do mundo e o maior Porto graneleiro da América Latina.
Fizemos uma paradinha em Morretes (sem mais comentários), para depois subir a Serra da Graciosa, a qual faz jus ao nome! Exceto pelos loucos que têm pressa e não gostam da bela paisagem, ultrapassando como loucos e nos deixando de cabelo em pé, foi tudo tranquilo. Impossível registrar essa beleza toda em uma imagem só!
Continuando nossa volta, apesar da bagagem em 3 baús e do receio com o problema da vela, a Mostarda conseguiu acompanhar uma 800! Encontramos em um posto de combustíveis próximo a Campo Largo o casal Sávio e Margit, que estavam indo de Jaraguá do Sul a Campo Grande, com escala em Maringá..
Chegamos às 20 h, "fugindo" da chuva, com os bolsos mais vazios graças à "Robonorte", quase sem fôlego pra estourar uma champagne na hora da virada, mas valeu a pena o aprendizado e o passeio.
Agora estamos preparados (só não recarregados) pra próxima. O Chile que nos aguarde...